No Sábado (12 de Maio de 2007), em Pombal, para a última jornada da I Fase da Taça Nacional de Juniores “A” em Futsal Masculino iria decidir-se qual das equipas acedia às meias-finais da competição. Com uma vantagem de 7 golos, alcançada no jogo da 1ª volta no Fundão, sabíamos que o Pombal teria que pressionar muito e bem para nos criar dificuldades e acima de tudo alcançar um resultado de tal forma dilatado que lhes permitisse sonhar com a fase seguinte. Com a vantagem alcançada na 1ª volta, o Pombal teria que ser aquilo que nunca foi no Fundão: superior a nós. Preparados para sofrer encarámos o jogo sabendo que estaríamos a 40 minutos de algo inédito e inesquecível para atletas e instituição e que depois de 40 minutos de dedicação e entrega, ficaríamos na história. Naturalmente avisados sobre a organização colectiva adversária, relembrei que mais importante que dramatizar um golo sofrido seria reagir demonstrando personalidade e concretizando as oportunidades que teríamos. Depois de 4 minutos equilibrados com oportunidades repartidas, em duas situações de bola parada sofremos dois golos e qual deles o mais consentido, o mais conhecido e o mais revelador de desconcentração momentânea mas fatal. Incompreensivelmente ansiosos na posse de bola, após sair de pressão a qualidade no passe era diminuta e impedia-nos de atacar de forma posicional, equilibrada e organizada. O Pombal pressionava e restava-me um detalhe: parar o jogo naquele preciso e exacto momento, a 9 minutos do intervalo. Após aqueles 60 segundos de diálogo subimos a linha de marcação, ficamos tranquilos e acreditámos novamente em nós! Pressionámos de forma mais confiante, consistente e intensa o portador da bola, fomos mais rápidos nas transições e organizados no ataque. Da marca de grande penalidade fizemos 2-1. Numa transição ofensiva fizemos 2-2 e segundos depois, em ataque posicional, 2-3. Faltavam 2 minutos para o intervalo e os níveis de ansiedade e confiança estavam agora onde deveriam estar aquando do início do jogo. Ao intervalo sabíamos que a meia-final não estava perto… estava pertíssimo! Definimos tarefas de acção individuais e colectivas para os 20 minutos seguintes e tomamos consciência que sabíamos o que fazer, quando fazer e como fazer para estar entre as 4 melhores equipas de Portugal. Na 2ª parte fomos ainda mais pressionados mas concentrados defensivamente e inteligentes na transição ofensiva fomos gerindo o resultado em função do tempo de jogo. Sofremos 3 golos e concretizámos um. De uma 2ª parte demasiado emocional, desequilibrada e desorganizada, valeu a dedicação, a capacidade de sofrimento, a entrega e a ambição enorme de estar nas meias-finais. Para a história fica o resultado 5-4, a quebra da invencibilidade que já tinha 11 meses e a passagem da AD Fundão às meias-finais da Taça Nacional de Juniores “A” Futsal Masculino. Inédito, memorável e histórico. Orgulhosamente felizes do percurso desportivo e social que vamos construindo e conscientes da nossa responsabilidade fruto da nossa qualidade, é um momento inesquecível… mas que ninguém nos diga irrepetível!
quarta-feira, 23 de maio de 2007
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