quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Queremos mais!!!!!

1ª Parte
Sábado, no Pav. Municipal do Fundão, recebemos o Alpendorada e para não variar, foi um jogo equilibrado, muito pensado e cauteloso, onde não errar era tão importante como decidir bem. Estivemos sempre na frente do resultado, ora por 1-0 ora por 2-1 e finalmente 3-2, mas o Alpendorada foi sempre um adversário difícil, organizado mas nunca conseguiu ser perigoso nas acções de finalização porque a nossa organização defensiva, salvo alguns “lapsos” posicionais colectivos, foi sempre organizada e ambiciosa. Há jogos que nos falta melhor capacidade de decisão na hora de finalização e não vencemos. Há jogos que temos essa qualidade na finalização e vencemos. Há jogos que jogaremos melhor, haverá jogos menos conseguidos, mas haverá em todos eles a preocupação em jogar de acordo com a nossa forma de jogar, que se treina e melhora todos os dias e haverá sempre no nosso rendimento desportiva a ambição e o mesmo objectivo de sempre – vencer. Neste patamar de rendimento não interessa outro “pormaior” que não sejam os pontos, e por ser para eles que treinamos e jogamos, o jogo deste Sábado foi muito bom, porque vencemos, mesmo sem demonstrar toda a qualidade individual e colectiva que temos, mas repito, entre jogar bem e vencer, ou jogar menos bem e vencer, prefiro... vencer! Vencemos, conquistámos mais 3 pontos e os 11 que temos são nossos e intocáveis, mas queremos mais!!!!!
2ª Parte
Os jogos que a Desportiva do Fundão, Secção de Futsal Masculino, disputa no Pavilhão Municipal do Fundão, estão no TOP 5 a nível de assistência/presença de público de todos os clubes que competem na 1ª Divisão. Contudo, em outros Pavilhões, já disputámos encontros com menor quantidade de adeptos e um ambiente mais adverso do que aquele sentido na “nossa casa”. Sinceramente, a nós que estamos lá em baixo, é um orgulho enorme olhar para a bancada e ver tanta gente, mas infelizmente isso pode não ser sinónimo de “bom ambiente”. Ponto prévio – queremos mais adeptos/simpatizantes/curiosos/interessados/público no Municipal!! Segundo ponto prévio – o ambiente que se vive no Municipal em dias de jogos não pode ser de “sofá e televisão”. Lanço o desafio “ao adepto” que vai ao Municipal e aos que vão passar a ir, que a melhor forma de fazer parte integrante do espectáculo desportivo a que assistem é envolverem-se no mesmo, e não estar “apenas” sentado. Queremos mais do “nosso adepto”, que se emocione ruidosamente, que faça sentir quem está lá dentro que está ali alguém que também pode ajudar a “pressionar”, não o portador da bola ou a linha de passe, mas “pressionar” a mente e a concentração de quem decide a acção individual ou colectiva seguinte. Queremos mais adeptos no Pavilhão e queremos dos nossos adeptos mais emoção, mais entusiasmo, mais “barulho” e um ambiente “pressionante” para os outros e favorável, de conforto, protecção e auxílio para os nossos. Passem a palavra. Vamos, todos juntos, querer mais!!!!!
Prolongamento
A meio da semana e num horário pouco nobre para os Portugueses, a nossa Selecção Nacional de Futebol disputou um jogo amigável (!) de preparação (!) no Brasil e o resultado, desculpem, a goleada, já todos sabemos qual foi. Perder com o Brasil num jogo deste tipo não era mau, ser goleado pelo Brasil é no mínimo humilhante e vergonhoso, até porque reza a história, que já somos equipa nem país de levar goleadas! Temos que nos revoltar com isto, claro que sim! Queremos mais!!!!! E fico com a sensação que Carlos Queirós ainda está à procura de soldados (atletas) para a tropa (equipa), pois já experimentou tantos em tão pouco tempo, que depois do regresso do Brasil, vamos vê-lo por aí numa trincheira (escondido) para sua defesa. A guerra (jogos de qualificação) está aí à porta e não estamos muito bem de saúde. Quando os jogos forem na nossa casa (em Portugal), também nós como adeptos temos de ajudar.

(Este artigo foi publicado no Jornal "Tribuna Desportiva", na sua edição de 25 de Novembro)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

10+30

10+30 normalmente dá 40. Mas isso é Matemática e não deixa de ser uma verdade absoluta. Hoje, para nós e aqui, 10+30 deu 4-5. Parece difícil de explicar ou perceber mas não. 10 minutos de excelência e 30 minutos normais/banais deu no resultado final 4 para o Odivelas 5 para a Desportiva do Fundão. Assim, não se torna difícil perceber “as minhas contas”. Sábado, em Odivelas, para a 6ª Jornada do Nacional de Futsal FutSagres o jogo começou intenso e pressionante e após o primeiro minuto e os primeiros momentos em posse da bola, percebemos a melhor forma de atacar em função da organização defensiva adversária. Aos 3 minutos 0-1, aos 5 minutos 0-2 e aos 8 minutos 0-3. Após 1 minuto de conversa a pedido do adversário, era muito importante manter a atenção, concentração e manter a mente focada no objectivo, pois faltavam ainda 30 minutos. Após 2 minutos, 1-3 numa momentânea desconcentração. No minuto seguinte 1-4. Depois, até ao intervalo, deixámos de jogar e perdemos intensidade, capacidade de concentração, dinmica colectiva, individual e posicional com e sem bola e deixámos o adversário acreditar, chegando ao intervalo com o resultado em 3-4. Ao intervalo, a “euforia” doa primeiroa 10 minutos tinha dado em “apatia” nos outros 10. Tinhamos perdido intensidade, e por culpa própria tínhamos agora mais dificuldades que facilidades. Um jogo que poderia estar desequilibrado, controlado e estabilizado estava imprevisível. Importa salientar que do controlo emocional e do jogo não poderemos passar ao descontrolo porque nos pode ser adverso. Assim, na 2ª parte, o jogo foi mais equilibrado e o adversário acabaria por empatar o jogo aos 7 minutos. Contudo, as nossas situações de finalização eram contínuas, mas agora mais em transição que em ataque posicional organizado. O golo que valeu os 3 pontos chegou a 4 minutos do fim e teve tanto de justo como de sofrido. Diz o povo que a sofrer a vitória sabe melhor, mas neste Sábado, fica-nos a sensação que a sofrer de forma desnecessária podemos ter um amargo de boca. Mais que um aviso, foi um jogo elucidativo que 10 minutos de excelência e 30 banais podem ser fatais. Sabemos o que queremos e a forma/processo de lá chegar, portanto, independentemente de tudo o que aqui escrevi, estes foram mais 3 pontos muito importantes para o objectivo. Porque as nossas acções traduzem sempre os nossos pensamentos, este jogo teve momentos onde foi mais mental que táctico-técnico ou estratégico. Nós temos um corpo, somos uma alma e porque aprendemos com os nossos erros, evoluimos e crescemos individual e colectivamente.

REFERÊNCIAS:

  1. Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Futsal – FutSagres: Sábado, 22 de Novembro, 17h00, AD Fundão x Alpendorada, Pav. Municipal do Fundão.

1 golo (!)

Os dedos tremem ao escreverem o que sinto e o coração ainda bate mais depressa quando “vejo” os minutos finais e a crueldade que acabou por nos acontecer. Não ha rigorosamente nada que nos conforte, que nos sossegue, tranquilize ou pacifique este sentimento de tristeza, angústia, aperto na alma e no coração, desgosto pessoal, individual e colectivo. Hoje não transmito mais nada a não ser tristeza, amargura e desilusão com a crueldade desportiva resultante de resultados desportivos. A isto, junto “apenas” o enorme orgulho que sinto pelo que vivi e com quem vivi, mesma da forma como o vivemos e acabou!

Na última jornada (6ª) da 1ª fase da Taça Nacional de Séniores Femininos em Futsal só nos restava golear e no mínimo, empatar a diferença de golos com o 1º classificado (Golpilheira) para assim alcançar o 1º lugar e o acesso às meias-finais da Taça Nacional. A diferença de golos era grande (13) mas a nossa ambição, carácter, querer e determinação também! Foi nos Açores que aterrámos com a ambição de anular essa desvantagem e foi com enorme carácter e determinação que abordámos o jogo. Sabíamos em consciência que teríamos que ganhar por uma vantagem superior a 13 golos e estar atentos ao desenrolar do outro jogo, no continente, onde estava o nosso adversário directo. Ao intervalo 1-7 era o resultado e nos postes da baliza adversária ja tinham batido outras tantas bolas (7). 7 bolas na baliza, 7 bolas no poste e no balneário, ao intervalo, nada mais disse a não ser que ainda acreditava mais que no início e que, no mínimo, teríamos que fazer mais 10 golos. E fizemos mesmo! Nos segundos 20 minutos fizemos mais 10 golos e sofremos outro e quando a 3 minutos do fim do nosso jogo, após terminar o jogo no continente, o nosso resultado era de 2-17, sabíamos que com o resultado do nosso adversário (vitória por 3-0) a diferença de golos era agora de apenas um, o que equivale a dizer que um golo bastaria para festejar! Desculpem não conseguir descrever aqueles minutos pois só quem viu, sente e sentiu, vive e viveu poderá acreditar no que aconteceu. Não faltarei à verdade nem a aumentarei se disser que, durante todo o jogo, a cada 30 segundos criámos e “inventámos” uma situação de finalização e das 17 que foram concretizadas, outras poderiam ter sido!

Após o enorme esforço, coragem, empenho, carácter e determinação ficámos a um golo (!) de festejar a passagem às meias-finais e os momentos que se seguiram não se contam nem escrevem ou descrevem, sentem-se e vivem-se por aqueles (poucos) que tal como nós, se alegram com as vitórias e se entristecem com as derrotas!

A crueldade desportiva tem nos resultados desportivos alcançados através de golos marcados e sofridos esta dura realidade de uns festejarem por um golo, e outros chorarem por um golo...

Descolámos dos Açores, chegámos a Lisboa e algumas horas depois ao Fundão e se estes jogos e estes resultados desportivos não nos matam, que nos façam mais fortes e que sejamos capazes de juntar ao sofrimento individual e próprio de cada um, aprendizagem, conhecimento e a capacidade individual e colectiva intrínseca de encontrar razões para o insucesso, lidando, gerindo e sabendo viver com a ansiedade, a frustração contida no insucesso e a ilusão/ambição não alcançada, melhorando, crescendo e evoluindo, um dia de cada vez...


(Este artigo foi escrito e publicado no Jornal "Tribuna Desportiva" na edição de 13 de Maio de 2008)

no feminino nos (des)entendemos

Têm que concordar comigo que seja qual for a modalidade desportiva, o jogo desportivo colectivo ou individual, no Feminino, tem as suas características muito próprias e distintas da mesma modalidade do jogo desportivo colectivo ou individual quando no Masculino. Deixem-se de apelidar o desporto no feminino em “sexo fraco”, “sexo de diamante” ou o “parente pobre do masculino”. Nada disso! O desporto no Feminino tem particularidades muito próprias e distintas do Masculino, e por isso, existem razões de sobra para olhar para o desporto no Feminino com particular atenção. Há por isso a necessidade de analisarmos a modalidade no Feminino para, conhecendo a realidade e as suas particularidades, fazer das fraquezas (se existirem) forças e após analisar ao pormenor o detalhe, trabalhar com qualidade de forma a melhorar. Lamentar, jamais, e é uma palavra que não me cabe no dicionário. O Futsal Feminino tem, naturalmente, as suas próprias particularidades e características (naturalmente, distintas do Futsal Masculino). Na globalidade, se o jogo é encarado do mesmo modo, o treino também o deve ser. Devemos ter em conta um Modelo de Jogo, de Treino, de Atleta e de Clube e ao juntar as valências que temos ao dispor, construir uma equipa no verdadeiro sentido da palavra. No Futsal Feminino, as acções individuais são menos explosivas e se a capacidade de resistir ao esforço se pode considerar semelhante, o mesmo não se pode dizer da velocidade de execução. Contudo, a capacidade de percepção e a tomada de decisões estão no mesmo patamar. E se tivermos em linha de conta que a menstruação implica um maior controlo do treino e do jogo, então a nível fisiológico é muito distinto do Masculino. Se a nível cognitivo a facilidade em assimilar processos é semelhante (ou por vezes maior), esta pode ser uma particularidade determinante no treino e no jogo pois, embora a percepção da acção esteja definida, a reacção à mesma é menor e por isso, a nível táctico-estratégico, interfere na organização colectiva. A nível defensivo, por exemplo, a intensidade é menor, as coberturas à bola têm que ser uma constante e parece-me que o método defensivo mais indicado será a zona mista, facilitando permutas na marcação. Em termos ofensivos, a título de exemplo, a variabilidade de soluções nas diversas estruturas adoptadas podem ser determinantes, levando a que as Atletas tomem a melhor decisão em função do momento. Independentemente das particularidades, tenho a convicção que o conhecimento do jogo é primordial e fundamental para que todo o processo resulte no que queremos: formar em vitória! Estive por estes dias (Janeiro de 2007) em Fátima, no “VIII Torneio Inter-Associações de Futsal Feminino Sub/19”, organizado pelo Departamento de Futebol e Formação da Federação Portuguesa de Futebol, representando a Selecção Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco. E porque o que me preocupa somos nós e não os outros, acabemos de uma vez por todas com a ilusão que ainda existe nalguns clubes e/ou pessoas a ilusão do aclamado Campeonato Nacional de Futsal Feminino. Meus senhores e minhas senhoras, isso é uma mera ilusão. Quando a Federação Portuguesa de Futebol se propõe organizar um Inter-Associações de Futsal Feminino sem que a Federação tenha, no seu Departamento de Futebol e Formação, qualquer Selecção de Futsal Feminino, então só nos podemos questionar o porquê deste Torneio, quais os seus objectivos e o porquê de tanta gente (iludida) lutar pelo Campeonato Nacional de Futsal Feminino. Para mim a resposta é clara: este Torneio serve de observação para a Selecção Nacional de Futebol de 11 Feminino. Inadmissível pensarão vocês, absurdo e despropositado digo eu. Não me parece que a Federação esteja interessada em terminar com a Selecção de Futebol de 11 e por isso, parece-me a mim que não há a mínima intenção de criar o Campeonato Nacional de Futsal Feminino. E se existem ou não incompatibilidades, só a Federação pode responder, pois para mim não há! Nem para mim, nem para quem ainda acredita que isso seja possível. Assim, da Federação à nossa Associação, eis o reflexo de tal questão. Olhemos para os nossos quadros competitivos no Futsal Feminino e retiremos deles uma conclusão. Lanço o desafio, a questão e a dúvida, e estarei pronto a partilhar a minha opinião. O pensamento nasce com a dúvida…


REFERÊNCIAS:

1. Escreve a Federação Portuguesa de Futebol que, e passo a citar: “Os Torneios Nacionais Inter-Associações integram-se no processo metódico, regular e sistemático de desenvolvimento qualitativo e quantitativo do futebol português”. Ainda não entendi o que há para desenvolver no Futsal Feminino sem Selecções de Futsal Feminino e sem Campeonato Nacional. É que a Taça Nacional é pouco…

2. Depois de uma má colheita, também é preciso semear!

3. Quando o bailarino não sabe dançar, é a sala que está torta. As coisas poderiam correr bem melhor com decisões mais adequadas para cada circunstância específica.

(Este artigo foi escrito e publicado no Jornal "Tribuna Desportiva" na edição de 16 de Janeiro de 2007)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

No melhor pano...

Sábado, para a 5ª Jornada do Campeoanto Nacional de Futsal Futsagres, recebemos a Fundação Jorge Antunes e além de líder invicto da competição sabemos que é por si só um adversário com enorme qualidade individual e colectiva. Mantendo o rendimento da passada semana e procurando não errar (ou errar pouco), estávamos conscientes da nossa qualidade e a ambição era a mesma de sempre – vencer. Ao intervalo 0-1 mas o nosso rendimento competitivo e a nossa intensidade eram notáveis e não estávamos satisfeitos com o resultado. Para a 2ª parte, mantendo tudo de bom que tinhamos feito e corrigindo os erros cometidos, não errando, íamos à procura dos golos. Tivemos um comportamento colectivo e individual notável, de muita qualidade e nunca a Fundação se sentiu cómoda ou confortável, e não dominando, apenas conseguiu controlar porque fomos ambiciosamente organizados, pressionantes e fortes. 1-3 final é o resultado que nos deixa insatisfeitos mas orgulhosos do nosso comportamento, rendimento, ambição, qualidade e organização. Agora, queremos manter esta consistência colectiva de rendimento intenso e concentrado porque assim, vamos ter mais alegrias que tristezas. Se no melhor pano... cai a nódoa, no Sábado, num pano de belíssima qualidade caíram 3 nódoas... e agora poderia estar aqui a falar-vos de outro resultado.


REFERÊNCIAS:


  1. Quando tiverem oportunidade para tal, consultem na internet o seguinte sítio que agora vos dou: http://www.youtube.com/watch?v=WJerE3ukI2M. Este link é referente ao jogo do mundial de futsal realizado no brasil entre Itália e Paraguai. Este foi o polémico jogo onde uma equipa perdeu pela margem “conveniente”. Premeditado? Vejam...
  2. A Selecção Nacional Universitária de Futsal masculina e o seleccionador Orlando Duarte foram nomeados para os prémios "Desportistas do Ano", nas categorias de equipa e treinador, respectivamente. Desta forma, a Confederação do Desporto de Portugal, reconhece a excelente prestação da equipa que se sagrou Campeã Mundial Universitária na Eslovénia, no passado mês de Agosto. Este foi o primeiro Título Mundial Universitário conquistado por Portugal numa modalidade colectiva. Orlando Duarte orientou também a Selecção Nacional Universitária de Futsal Feminina que alcançou um brilhante 2º lugar no Mundial da modalidade. A votação do público em geral é feita através da Internet (http://galacdp.sapo.pt/), na página da CDP (www.cdp.pt) ou no portal Sapo. A votação encerra no dia da 13ª Gala do Desporto, que se realiza a 20 de Novembro. Votem!