quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Prenda de Natal!
Em época de Natal, nada melhor que saúde, carinho humano e uma prenda no sapatinho. Em dia de festa, a AD Estação reuniu a sua “família” num almoço que juntou cerca de 500 pessoas, no Pavilhão da ANIL, no passado Domingo 20 de Dezembro. Entre amigos, atletas, dirigentes, técnicos, colaboradores e suas famílias foi apresentado ao vivo (e a cores) a prenda que a Câmara Municipal da Covilhã e o Sr. António Lopes ofereceram à Associação Desportiva da Estação: um magnífico autocarro ao serviço dos valorosos atletas que praticam desporto e actividade física de forma regular e orientada. Uma bonita, útil e muito importante prenda para um clube que cresce a cada dia que passa. As fotografias que vos mostro são demonstrativas daquilo que vos falo. A Associação Desportiva da Estação agradece à Câmara Municipal da Covilhã e ao Sr. António Lopes tal acto de generosidade que tanto engrandece o clube e todos os seus constituintes. Obrigado.
A juntar a esta brilhante prenda, para o próximo ano a AD Estação espera ainda a conclusão das obras do seu complexo desportivo. Essas fotografias, peço desculpa, não vou mostrar (por enquanto). Era bom que pudessem visitar as obras, a sua evolução e a sua dimensão. Não fiquem admirados nem estupefactos, apenas resignados à dimensão (física e humana) do nosso clube.
REFERÊNCIAS:
- Aproveito a oportunidade que tenho para desejar a todos um Santo e Feliz Natal, com saúde e cara alegre, junto dos Vossos. Que os valores sentimentais se sobreponham aos materiais e que o espírito de solidariedade e de valores humanos impere. Boas Festas!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Era uma vez…
Era uma vez um Lobo que andava a passear junto a um ribeiro. O dia estava muito quente e por isso decidiu ir refrescar-se nas águas claras desse mesmo ribeiro. Aproximou-se, começou a beber e suspirou de alívio dizendo: “Que alívio! Estava com tanta sede… nada como estas águas para me matar a sede!”. Mal acabou de dizer isto, reparou que um pouco mais abaixo desse mesmo ribeiro, um pequeno Cordeiro bebia também das mesmas águas. O Lobo, que nunca tinha gostado de Cordeiros e ficava irritado só de vê-los, dirigiu-se furioso ao Cordeiro e disse-lhe, gritando-lhe: “Parece impossível, como te atreves a sujar estas águas cristalinas onde me costumo refrescar!?”. O Cordeiro, espantado com a atitude do Lobo e sem perceber o porquê da sua fúria respondeu-lhe: “Mas… por que me insultas dessa forma? Eu até estou tão distante de ti e mais abaixo… se há alguém a turvar esta água, não sou eu, com certeza. Afinal, as águas deste ribeiro correm de ti para mim!”. O Lobo acabou por se calar. Neste caso, o Cordeiro tinha toda a razão, no entanto, não ficou por ali a implicância irritante do Lobo e insistiu com o Cordeiro: “Há coisa de uns 6 meses vieram contar-me que tinhas dito mal de mim. E agora, o que tens para me dizer?”. Ao ouvir isto, o Cordeiro muito admirado e com ar incrédulo diz: “Isso é impossível pois só tenho 4 meses de idade! Nessa altura ainda não tinha nascido!”. O Lobo, sedento de provocar a ira e revolta do Cordeiro não se calou e continuou a sua argumentação: “Pois se não foste tu, foi o teu irmão!”. O Cordeiro continuou sem perceber e mais espantado ficou pois nem sequer tinha irmãos. Tentou mais uma vez justificar-se perante o Lobo mas o Lobo não desistiu e prosseguiu com as suas insinuações: “Pois se não foi o teu irmão foi o teu pai ou qualquer outra pessoa da tua família. É por isso que me vou vingar em ti.” E o Lobo, sem deixar o Cordeiro dizer mais alguma palavra para sua defesa ou sua justificação, de forma arrogante, autoritária e prepotente atacou o cordeiro, mostrando que a força física acabou por ganhar á força das palavras e da razão. Assim, e nesta história a força teve razão e às palavras ganhou, e embora nem sempre isto seja regra, neste caso reinou.
Assim, pobres dos fracos e impotentes quando caem sob a mira de criaturas fortes, sedentas de vingança, sem escrúpulos, prontas a fazerem deles suas vítimas. E nada lhes serve mostrar simpatia, reclamar inocência, procurar tolerância, justificação ou tentar manter um diálogo com essas criaturas. Não há lei mais injusta que a da força. Não obedecendo a qualquer código moral, rejeitam dialogar, impõem-se pela arrogância, pela prepotência, pela força das suas acções, inventando por vezes acusações despropositadas, inoportunas, absurdas e disparatadas, onde procuram culpar o “elo mais fraco” de forma a justificar os seus erros. Infelizmente não é só nestas histórias à beira de ribeiros isolados que lobos e cordeiros se encontram. Criaturas implicativas, sedentas de protagonismo e ansiosas por vinganças incompreensíveis e interesseiras, prejudicando os outros pensando que se beneficiam aos próprios, andam disfarçadas entre a multidão, prontas a atacar intencionalmente e sem razão aparente seres indefesos quando lhes der na real gana. Repito, quando lhes der na real gana… (infelizmente!!).
REFERÊNCIAS:
- Sábado, 19 de Dezembro de 2009, o Pavilhão da Fundação INATEL espera por si. O “Torneio de Futsal Feminino Cidade da Covilhã” chama pelos amantes e simpatizantes do Futsal em geral e do Feminino em particular e a Associação Desportiva da Estação chama os seus sócios, simpatizantes e amigos.
“south africa 2010 – jabulani e zakumi”
Foi no decorrer da cerimónia de apresentação do sorteio para o “SOUTH AFRICA 2010”, na passada sexta-feira, que ficámos a conhecer, além do alinhamento dos grupos, a mascote oficial e a bola oficial da competição que se inicia no dia 11 de Junho de 2010, com o jogo África do Sul – México, em Johanesburgo. A bola oficial tem nome – JABULANI, é apelativa, bonita, e sobretudo, é mais uma bola, igual a tantas outras, apenas diferente no seu design e no seu nome de baptismo. Que esta bola seja boa, bonita e “amiga” de Portugal e dos portugueses, especialmente quando começar a nossa competição, dia 15 de Junho de 2010, diante da Costa do Marfim.
Além da bola oficial, foi apresentada a mascote oficial do torneio. Para este evento o seu nome é ZAKUMI e tem a figura de um leopardo. Esperemos que os nossos ”tugas” convocados tenham as garras afiadas (para a vitória)!
Após o sorteio, a aleatoriedade ditou o grupo G – Brasil, Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. Se o ranking da FIFA for motivo de interesse, o Brasil é segundo, Portugal é quinto, a Costa do Marfim é décima sexta e a Coreia do Norte é octogésima quarta. Por aqui pressupomos qual a “obrigação” da nossa selecção.
Faltam 184 dias e porque como já aqui disse anteriormente, Portugal, estando lá, é candidato, que cheguem esses dias porque a ansiedade miudinha já começou a fervilhar. Que Queiroz tenha as melhores opções, independentemente dos nomes e/ou clubes que os profissionais de futebol portugueses (ou com nacionalidade portuguesa) representam.
Assim, por enquanto, apreciemos as imagens que daqui a uns meses veremos diariamente e farão parte da nossa vida comum. Viva Portugal.
euromilhões desportivo
Para os amantes do desporto, quer seja rei ou rainha (futebol ou outro desporto que aprecie), este foi um fim-de-semana em cheio – um autêntico jackpot desportivo. No Sábado o derby de Lisboa, de Portugal, da Europa e do Mundo. Um Sporting CP – SL Benfica é sempre um jogo de emoções que transcende classificações, momentos colectivos e rendimentos globais. Este derby desde que começa até que termine tem uma história única e memorável e ficará, aconteça o que acontecer, para sempre na história. E por isso, desde o apito inicial até ao final, ninguém se lembrou de classificações ou de goleadas ou até de desânimos e trocas de treinador. Um derby é emotivo e por isso, mesmo que jogado, é pouco pensado. Mas este derby foi interessante porque teve um Sporting diferente. Mais que melhor ou pior, foi diferente. Carvalhal já tinha jogado com este Benfica e isso ajuda (e muito) a preparar ainda melhor o jogo. Mesmo sabendo que os recursos do Sporting nada têm de comparável com os recursos do Marítimo. O jogo mostrou-nos duas equipas mais preocupadas em impedir o adversário de impor o seu jogo que impor o seu próprio jogo. A nuance estratégica da troca posicional de Aimar e Ramires (retirando criatividade e imprevisibilidade ao jogo ofensivo no 1º passe e na condução de bola mas aumentando o espaço zonal defensivo para impedir superioridade posicional do Sporting na zona central, entre Moutinho e Liedson) é disso exemplo, e a colocação de Moutinho nos espaços de transição defensiva também (a saída do Benfica “batia” sempre no capitão que por isso, “perdeu” influência ofensiva sobretudo em “segundas” bolas). Nos detalhes este jogo foi bonito. O Sporting passou a defender zonal nos lances de bola parada. Num canto, mas ofensivo, criou uma enorme ocasião de golo, demonstrando “trabalho de casa”: bateu o canto curto e enquanto a zona do Benfica subia a última linha defensiva, realiza um cruzamento para o 2º poste, onde Polga, num movimento contrário ao dos defensores do Benfica, recebe orientado de peito e atira por cima. Outro detalhe revelador de “trabalho de casa”, mas do lado do Benfica foi o livre directo de Miguel Veloso à entrada da área: Javi Garcia, primeiro colocado atrás da barreira, quando Veloso parte para a bola dirige-se para o poste e caso a bola ultrapassa-se a barreira, ele “substituiria” Quim. Bom detalhe, ou não tivesse Veloso feito um grande golo em Belém contra os Pescadores. Jogo interessante, equilibrado, organizado, demasiado emotivo e pouco pensado mas de resultado justo.
Em Espanha, “partidazo”! Uma sinfonia de bom, bonito, pensado, organizado e bem interpretado futebol. O Barcelona parece que joga com 14 ou 15 jogadores tal a facilidade em posse da bola para a circular. A qualidade no jogo posicional, no passe e na recepção orientada, na simulação, na posse e na condução, na ruptura e na manutenção é tanta que torna-se quase impossível ser paciente e organizado para recuperar a posse da bola. O Barcelona “irrita” de tamanha qualidade na posse e no passe. Alguém notou que jogaram em inferioridade numérica 27 minutos? No Real Madrid há impressionante qualidade individual mas ainda não está “afinada” a máquina merengue. Káká é de facto impressionante. Admirável como em progressão ou em passe, tudo o que faz é de enormíssima qualidade. Casillas é fabuloso, Pepe, hoje, se não fosse internacional português era internacional brasileiro com toda a certeza e Xabi Alonso é um relógio suíço de uma equipa que quando “acerta as horas” é um encanto ver jogar. O nosso Ronaldo é, para mim, acima da média. Nos minutos que jogou deixou bem clara a sua qualidade e a sua influência na equipa, e juntamente com Káká e Higuaín, vão resolver muitos jogos. E no banco ainda estava Benzema. Duas grandes equipas, um bom jogo, onde o Real fez o óbvio: conceder o maior tempo de posse de bola ao Barcelona e ser organizado defensivamente e, no momento da recuperação (normalmente Lass) procurar a transição ofensiva com as referências atrás mencionadas: Xabi, Káká, Ronaldo e Higuaín. O Barcelona foi fiel à sua identidade e jogou curto, apoiado, em progressão e com um futebol posicional do melhor que se vê no mundo. Admirável, apreciável e espantoso jogo de futebol, que transcende emoções.
Em Inglaterra, o Chelsea foi ao Emirates Stadium do Arsenal vencer por “apenas” 3-0. Elucidativo da qualidade individual e colectiva que Ancelotti lidera.
Em Itália Quaresma voltou a jogar (!) e bem. O Inter jogou como à muito não se via e merecia ter goleado em vez de vencer “apenas” 1-0 uma boa Fiorentina. É líder e tem mais 7 pontos que Milan e 8 que Juventus.
O difícil é fazer fácil.
A formação desportiva do atleta, do jovem, da criança, tem um princípio e este é e será sempre fundamental e determinante para o desenvolvimento integral da criança em termos desportivos. Nunca colocando de parte a formação social e pessoal, é fundamental que no início da formação desportiva, a criança tenha por base fundamentos válidos, coerentes, que estimulem a paixão pelo jogo, que sejam hierarquizados e que tenham ao longo dos anos uma progressão pedagógica, educativa e desportiva com base nos princípios gerais e específicos do jogo. Realmente, no futebol de top e de rendimento superior, é cada vez mais difícil dissociar o ataque da defesa, porque quando se ataca também se defende, e vice-versa. Mas focalizemos a nossa atenção no “jogar das crianças”. Neste jogar, temos que dissociar o ataque da defesa, a transição ofensiva da transição defensiva. Treinadores e formadores têm que iniciar o processo de ensino e conhecimento do jogo pelas partes para chegar ao todo. Então, comecemos pelo princípio, e o princípio são os “princípios de jogo”. Tão simples como conhecê-los, interpretá-los, compreendê-los e operacionalizá-los, recordando mais uma vez que “as crianças, sozinhas, já o fazem, basta “deixá-las ir e segui-las”. Não é fácil, mas é muito mais fácil!”. Preocupemo-nos nós (treinadores/formadores) com os princípios fundamentais do jogo: criar superioridade numérica; evitar igualdade numérica; recusar inferioridade numérica. Aqui não tenhamos dúvida que as crianças não se preocupam com isto e disto não querem saber rigorosamente nada. No entanto não se preocupem, se o treino for bem direccionado para aquilo que queremos, elas vão aperceber-se que é em função da bola que tudo gira, que a bola é o centro do jogo e é em função desta que teremos que criar sempre superioridade numérica. Não sobrevalorizem os princípios fundamentais, tenham antes a preocupação (subjacente e inerente ao “jogar das crianças”) centrada nos princípios específicos do jogo, do ataque e da defesa. Estes sim, são importantes para o ensino e conhecimento do jogo para a criança. Afinal de contas, elas já os operacionalizam entre elas, sem qualquer base teórica, agora só precisam de saber na realidade o que aquilo tem de tão importante para o jogo e para o seu conhecimento. E esse transfer é da responsabilidade do treinador/formador. Se queremos amanhã melhores atletas, comecemos por aqui a sua formação, ainda em criança. Em todas as formas jogadas por este “jogar das crianças” encontramos os princípios específicos, da defesa e do ataque. As crianças, mesmo com a presença de uma única baliza realizam jogos de oposição/cooperação onde estão patentes os princípios específicos do jogo. E o “famoso” jogo de “todos contra todos”? Recordam-se!? Aquele jogo no qual quem tem a posse de bola tem de driblar todos os colegas/adversário/defensores e tentar fazer golo. É nestes jogos que algumas crianças aprendem e desenvolvem qualidades excepcionais de drible. Ainda bem que nestes jogos não existem restrições teóricas. Agora “transportemos” para o ensino/treino estes processos e este “jogar das crianças” e vejamos a relação existente entre o “jogar das crianças” e os princípios específicos do jogo. Olhem atentamente, porque naquela rua, naquele pátio da escola, naquele parque do condomínio, naquele treino de observação/captação de início de época pode estar o atleta mais valioso do mundo, e se não for o atleta mais valioso do mundo, será decerto o Homem de amanhã, pelo que merecerá a nossa atenção. Preparemos precocemente as crianças! Não as especializemos precocemente.
REFERÊNCIAS:
- Que grande selecção nacional tivemos na Bósnia. Guerreiros, trabalhadores, persistentes, ambiciosos, serenos, organizados e sempre conscientes da tarefa individual e colectiva. Portugal controlou melhor o jogo lá do que o tinha feito cá. A Bósnia foi mais perigosa cá do que lá. A eles, a emoção de um jogo histórico e importante afectou-lhes o rendimento. A nós, a consciência das dificuldades e o ambiente envolvente aumentou-nos a concentração. Agora que chegámos à África do Sul, com mérito (no play-off), somos tão candidatos como todos os outros!