Era uma vez um Lobo que andava a passear junto a um ribeiro. O dia estava muito quente e por isso decidiu ir refrescar-se nas águas claras desse mesmo ribeiro. Aproximou-se, começou a beber e suspirou de alívio dizendo: “Que alívio! Estava com tanta sede… nada como estas águas para me matar a sede!”. Mal acabou de dizer isto, reparou que um pouco mais abaixo desse mesmo ribeiro, um pequeno Cordeiro bebia também das mesmas águas. O Lobo, que nunca tinha gostado de Cordeiros e ficava irritado só de vê-los, dirigiu-se furioso ao Cordeiro e disse-lhe, gritando-lhe: “Parece impossível, como te atreves a sujar estas águas cristalinas onde me costumo refrescar!?”. O Cordeiro, espantado com a atitude do Lobo e sem perceber o porquê da sua fúria respondeu-lhe: “Mas… por que me insultas dessa forma? Eu até estou tão distante de ti e mais abaixo… se há alguém a turvar esta água, não sou eu, com certeza. Afinal, as águas deste ribeiro correm de ti para mim!”. O Lobo acabou por se calar. Neste caso, o Cordeiro tinha toda a razão, no entanto, não ficou por ali a implicância irritante do Lobo e insistiu com o Cordeiro: “Há coisa de uns 6 meses vieram contar-me que tinhas dito mal de mim. E agora, o que tens para me dizer?”. Ao ouvir isto, o Cordeiro muito admirado e com ar incrédulo diz: “Isso é impossível pois só tenho 4 meses de idade! Nessa altura ainda não tinha nascido!”. O Lobo, sedento de provocar a ira e revolta do Cordeiro não se calou e continuou a sua argumentação: “Pois se não foste tu, foi o teu irmão!”. O Cordeiro continuou sem perceber e mais espantado ficou pois nem sequer tinha irmãos. Tentou mais uma vez justificar-se perante o Lobo mas o Lobo não desistiu e prosseguiu com as suas insinuações: “Pois se não foi o teu irmão foi o teu pai ou qualquer outra pessoa da tua família. É por isso que me vou vingar em ti.” E o Lobo, sem deixar o Cordeiro dizer mais alguma palavra para sua defesa ou sua justificação, de forma arrogante, autoritária e prepotente atacou o cordeiro, mostrando que a força física acabou por ganhar á força das palavras e da razão. Assim, e nesta história a força teve razão e às palavras ganhou, e embora nem sempre isto seja regra, neste caso reinou.
Assim, pobres dos fracos e impotentes quando caem sob a mira de criaturas fortes, sedentas de vingança, sem escrúpulos, prontas a fazerem deles suas vítimas. E nada lhes serve mostrar simpatia, reclamar inocência, procurar tolerância, justificação ou tentar manter um diálogo com essas criaturas. Não há lei mais injusta que a da força. Não obedecendo a qualquer código moral, rejeitam dialogar, impõem-se pela arrogância, pela prepotência, pela força das suas acções, inventando por vezes acusações despropositadas, inoportunas, absurdas e disparatadas, onde procuram culpar o “elo mais fraco” de forma a justificar os seus erros. Infelizmente não é só nestas histórias à beira de ribeiros isolados que lobos e cordeiros se encontram. Criaturas implicativas, sedentas de protagonismo e ansiosas por vinganças incompreensíveis e interesseiras, prejudicando os outros pensando que se beneficiam aos próprios, andam disfarçadas entre a multidão, prontas a atacar intencionalmente e sem razão aparente seres indefesos quando lhes der na real gana. Repito, quando lhes der na real gana… (infelizmente!!).
REFERÊNCIAS:
- Sábado, 19 de Dezembro de 2009, o Pavilhão da Fundação INATEL espera por si. O “Torneio de Futsal Feminino Cidade da Covilhã” chama pelos amantes e simpatizantes do Futsal em geral e do Feminino em particular e a Associação Desportiva da Estação chama os seus sócios, simpatizantes e amigos.
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